Endometriose: como é feito o diagnóstico?
Alira Clínica • nov. 01, 2021

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Um diagnóstico de endometriose realizado na hora certa é fundamental para evitar os danos causados por essa enfermidade. 


Segundo dados da Anvisa, a doença é um problema que pode afetar cerca de 10% da população feminina brasileira, geralmente acometendo mulheres de 25 a 35 anos. Mas sabemos que os sintomas dessa doença podem estar presentes nas mulheres desde muito mais cedo, mesmo na época das primeiras menstruações. E que os sintomas podem perdurar mesmo após a menopausa.


Caso não seja tratada da maneira correta, a endometriose pode trazer impactos em todas as áreas da saúde feminina. Não só na saúde física e reprodutiva, mas também na saúde sexual, emocional, profissional e conjugal. 


Nesse artigo, mostraremos tudo que você precisa saber sobre o diagnóstico da endometriose. Boa leitura!


Quais os sintomas da endometriose? 

O primeiro passo para o diagnóstico da endometriose é a identificação dos sintomas iniciais. Quando identificado cedo, o quadro pode ser  administrado antes que ele comprometa muito a qualidade de vida e saúde, trazendo melhores resultados para a paciente. 


É importante ressaltar que existe um tempo médio entre os sintomas iniciais até o diagnóstico de aproximadamente 7 a 10 anos. Reduzir esse tempo é fundamental para tratar a paciente adequadamente e reduzir o risco de sequelas e complicações.


A maioria das pacientes com endometriose vão apresentar sintomas de dor. Mas este sintoma não é evidência de endometriose em todas as pacientes. Algumas mulheres podem apresentar endometriose avançada e não ter queixas de dores. 


A dor da endometriose é uma consequência principalmente do processo inflamatório causado no quadro. Fatores mecânicos como o comprometimento de fáscias e camadas mais profundas da pelve, além de eventual comprometimento de estruturas nervosas da cavidade abdominal podem colaborar nas dores. 


Outros fatores modulam a percepção de dor, como a qualidade da alimentação, sono, estresse e outros fatores emocionais. Importante ressaltar que a dor NÃO é emocional, mesmo que seja influenciada pelas emoções.


Esse incômodo pode surgir em forma de fortes cólicas menstruais, dores lombares, dores ao urinar, ao evacuar, dores fora do ciclo menstrual, dores durante relações sexuais ou ainda uma mistura desses sintomas. 


Em relação aos casos de infertilidade, eles ocorrem porque tecidos semelhantes ao endométrio se espalham pela região da cavidade abdominal. Assim, eles podem causar aderências em órgãos responsáveis pela fertilização (como os ovários, por exemplo), comprometendo o funcionamento dos mesmos. 


Confira abaixo os sintomas mais comuns para você conseguir antecipar o diagnóstico da endometriose: 


  • Cólicas menstruais muito fortes e dor durante a menstruação;
  • Dor e desconforto na região lombar durante a menstruação;
  • Dor ou desconforto durante relações sexuais, especialmente na profundidade (mas pode ser na penetração também).
  • Dores fora do período menstrual na região pélvica, geralmente bem localizadas do lado esquerdo ou direito, em especial no período da ovulação;
  • Quadros de cansaço, fadiga crônica e, em alguns casos, exaustão;
  • Sangramento menstrual mais intensas;
  • Modificações urinárias ou intestinais durante o período da menstruação;
  • Infertilidade.


Como é feito o diagnóstico da endometriose? 

O diagnóstico da endometriose depende de três pilares fundamentais: 


Histórico clínico detalhado 

O primeiro fator que um médico analisa em uma paciente para o diagnóstico da endometriose é o histórico clínico


Com isso em mãos, todos os detalhes sobre a saúde da paciente serão levados em consideração pelo ginecologista, facilitando o processo de diagnóstico.


Aspectos hereditários são outros fatores que impactam no surgimento da endometriose. Mulheres com casos da doença na família apresentam um risco elevado de também terem o diagnóstico de endometriose.


Exames físicos

Uma das formas mais práticas de realizar o diagnóstico do quadro é através do exame físico. 


Esse estudo é feito em duas etapas:

  • Exame abdominal: ao examinar o abdômen de uma paciente com endometriose e que sente dores, por vezes é possível perceber o aumento da tensão e densidade dos músculos e outros tecidos nesta região. Também é avaliado se há presença de alguma massa que possa sugerir cistos volumosos nos ovários.
  • Exame especular: o exame especular é aquele no qual o(a) médico(a) ginecologista insere um aparelho para olhar o colo do útero e a vagina. Em pacientes com endometriose, por vezes, pode ser observado o desvio do colo do útero para um lado ou para o outro, por retração da endometriose. Quando há infiltração importante da vagina esse exame também pode permitir que a lesão seja visualizada.
  • Toque vaginal: o exame de toque vaginal é a parte mais importante do exame físico. Nesta etapa, a musculatura do assoalho pélvico é examinada para saber se a paciente tem a sensação dolorosa dessa região. Quando o músculo é dolorido, isso pode sugerir dor miofascial. A seguir, a região da bexiga, reto e útero são examinados. Por vezes é possível sentir as lesões mais endurecidas infiltrando essas estruturas. Por último, examinamos a região de trás do colo do útero e da vagina, local onde mais frequentemente encontramos endometriose, e onde geralmente há mais sensibilidade e dor. Muitas vezes é possível sentir nódulos nessa região, compatíveis com lesões de endometriose.


Exames complementares 

Por último, mas não menos importante, os exames complementares também são peças fundamentais para o diagnóstico da endometriose. 


Esses métodos são realizados com o auxílio de tecnologias que identificam os sinais da doença. Veja abaixo os mais recomendados por ginecologistas: 


Ultrassonografia Transvaginal com preparo intestinal: 

Esse exame não é uma ultrassonografia transvaginal habitual. É necessário realizar uma limpeza do intestino para melhorar a visualização das estruturas. Além disso, é fundamental que o exame seja realizado por um(a) médico(a) radiologista especializado(a) no diagnóstico de endometriose.


Embora seja um procedimento de menor custo comparado com outros, a ultrassonografia transvaginal é extremamente eficiente para a identificação da endometriose, e costuma ser a primeira escolha entre os exames. 


Quando realizado por profissionais especializados, é possível identificar lesões mesmo em fases iniciais da doença. Além disso,  a ultrassonografia também é superior à ressonância magnética na identificação de endometriose intestinal. 


O protocolo completo deste exame inclui não só a avaliação da região pélvica, mas também da região intestinal e do diafragma.


Ressonância magnética de pelve com preparo intestinal

A ressonância magnética é outro exame que pode auxiliar no diagnóstico e caracterização das lesões de endometriose. Este exame também precisa ser realizado com protocolo específico para endometriose, com preparo intestinal, e analisado por radiologistas especializados em endometriose.


É o exame mais indicado para as massas ovarianas que necessitam passar por uma avaliação mais detalhada. Além disso, seu uso é mais adequado para lesões mais profundas, quando há suspeita de infiltração de nervos, raízes sacrais e ureteres (situações nas quais o ultrassom pode oferecer algumas limitações) 


Uma das desvantagens desse exame é em pacientes com claustrofobia. O exame costuma ser mais demorado que a ultrassonografia, e por isso algumas pacientes podem se sentir desconfortáveis.


Importante ressaltar que dependendo do caso, pode ser necessário realizar tanto a ultrassonografia quanto a ressonância magnética, para melhor esclarecimento do quadro da paciente.


Procure um especialista

O diagnóstico da endometriose no momento certo é providencial para que a paciente não sofra com os danos da doença e que consiga receber um tratamento adequado. Sendo assim, ao sentir os primeiros sintomas, é necessário procurar pelo auxílio de um médico especializado para  acompanhar o caso.


Restou alguma dúvida? Entre em contato conosco! A Clínica Alira conta com uma grande equipe especializada em saúde e bem-estar da mulher. 


Responsável técnico:

Dr. Tomyo Arazawa
CRM-SP: 120.351
RQE: 34.728-1

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