As mudanças hormonais e fisiológicas na gestação influenciam o bem-estar, o humor e o comportamento sexual das mulheres.

É por isso que iremos, durante este artigo, discorrer sobre as alterações que ocorrem durante a gestação e as possibilidades de relação sexual durante este período tão especial.

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As alterações físicas e hormonais durante a gestação

Acontece como uma “explosão de hormônios” no corpo da mulher grávida: além do famoso BHCG com o pico de produção no primeiro trimestre, também aumentam gradualmente os hormônios estrogênio e progesterona, com seu pico no terceiro trimestre.

Teoricamente, a mulher na gravidez tem seu maior potencial hormonal para explorar sua sexualidade. Algumas mulheres relatam que tiveram seus melhores orgasmos nessa fase! Contudo, o que vemos na prática é bem diferente. 

Muitas mulheres experimentam algum problema em sua vida sexual durante a gravidez, o que pode contribuir para um sofrimento emocional significativo. 

Estudos mostram que 73% das mulheres referem diminuição da libido na gravidez e não buscam aconselhamento ou informações com o médico, principalmente devido à timidez em falar sobre sexo ou até medo que o sexo possa prejudicar a gravidez de alguma forma.

Vamos dividir os 3 trimestres da gestação para entender melhor como a sexualidade geralmente age nessas fases:

1º trimestre (1ª a 13ª semana): 

Nesta fase aumentam os hormônios sexuais e consequentemente a libido, melhorando a lubrificação. Na prática é uma fase psicologicamente mais tensa, já que existe um certo medo de perda da gestação. 

Além disso, é possível sentir desconfortos como muito sono, dor nas mamas, náuseas e vômitos. Por isso, a maioria dos casais preferem “dar uma pausa” na vida sexual nessa fase. 

Há algumas possíveis contraindicações para a prática da relação sexual, como: sangramento do primeiro trimestre e paciente com risco de aborto. 

Se o sexo for liberado pelo obstetra e o casal estiver se sentindo confortável, a dica é: usem a criatividade. Praticamente todas as posições sexuais são permitidas nessa fase! E não, não vai machucar o bebê!

2º trimestre (14ª a 27ª semana): 

Este é o melhor período para ter relação sexual na gravidez! Os hormônios ainda estão muito ao seu favor e, com os estímulos adequados, podem deixar sua libido nas alturas! 

A circulação sanguínea na pelve aumenta e portanto a lubrificação vaginal é ótima. E ainda, como a gestante já sente o bebê mexer, fica menos preocupada. Além disso, geralmente o sono e as náuseas já passaram.

Algumas possíveis contraindicações para a relação sexual no 2° trimestre incluem: sangramento vaginal, colo curto, incompetência istmo-cervical e placenta de inserção baixa.

Se o sexo for liberado pelo seu obstetra, a dica é aproveitar uma das melhores fases de sua vida (do ponto de vista corporal) para o sexo! Coloque de lado tabus, medos e vergonhas! Explore seu potencial! Evite posições que te deixem deitada com a barriga para baixo.

3º trimestre (28ª a 41ª semana):  

Nessa fase os hormônios ainda estão ao seu favor e existe uma lubrificação e sensibilidade genital ainda maior, o que pode potencializar sua excitação. Contudo, o que vemos nessa fase geralmente é uma diminuição da atividade sexual. 

Isso pode ser explicado pela barriga, que dificulta mobilidade e posições, cansaço e falta de ar. Ainda existe o medo de machucar o bebê (apesar de isso não acontecer), já que muitas vezes a mulher já sente a cabecinha do bebê bem na pelve.

As possíveis contraindicações para a relação sexual no 3.º trimestre abrangem: paciente com risco de parto prematuro, colo curto, incompetência istmo-cervical e placenta prévia.

Confira:

Cuidados e melhores posições para o sexo durante a gestação

Primeiro é preciso verificar se há alguma contraindicação para o sexo, como risco de parto prematuro. Caso não haja possibilidade de maiores complicações, algumas posições podem facilitar a relação sexual: "4 apoios" (a preferida em 45% das gestantes), "conchinha" ou "cavalgada" (mulher sentada em cima do homem).

Vale lembrar que relação sexual não é só penetração. Também é possível explorar seu corpo e de seu parceiro/parceira de outras formas (que podem ser uma alternativa para casos em que as relações com penetração são contraindicadas, mas que a mulher foi liberada pelo obstetra para ter excitação e orgasmo sem penetração): Sexo oral, sexo anal, masturbação, uso de vibradores e até carícias.

Não deixe de se informar!

Apesar de muitos estigmas sobre o sexo na gestação, sabemos como a relação sexual faz parte da saúde e é importante para o casal que está neste momento unindo suas forças na construção de uma família. Manter o laço amoroso e harmonia entre os pais é fundamental para o nascimento de uma família unida e feliz.

Coloque suas vergonhas de lado, procure mais informações, ter mais abertura para falar de sexo com seus médicos é importante para diminuir os medos e construir uma gestação mais saudável!

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