Responda com sinceridade, você realmente sabe o que é sexualidade? 

Infelizmente esse tema ainda é envolto em tabus por considerável parcela da população. Historicamente, as definições sobre o que é sexualidade sempre estiveram ligadas apenas ao ato sexual. 

Assim, o tema era visto pela sociedade como algo que feria os “bons costumes” e a moral tradicional. Hoje, graças ao poder da informação, conseguimos entender que essa pauta vai muito além disso.

Afinal, o que é sexualidade? 

Apesar de ser um termo muito falado, muitas pessoas não sabem exatamente o que significa sexualidade. Isso faz com que informações sejam passadas de forma equivocada. 

Esse termo está intimamente ligado à palavra “autoconhecimento”. No momento em que nascemos, entramos em um universo de descobertas: Primeiramente o contato com as necessidades do nosso corpo como a fome, a alegria, a tristeza e até a dor de barriga. Depois descobrimos que somos finitos; onde eu acabo é onde começa o mundo. Assim,  existe uma necessidade puramente humana de nos relacionarmos com o mundo que nos cerca. Com o passar dos anos o corpo muda, a mente muda, a pessoa muda, e surge também a urgência do indivíduo  de se reconectar consigo mesmo, se redescobrir, e cada vez mais sentir-se parte de seu entorno. 

Em resumo, nesse processo contínuo de conhecer a si mesmo, a pessoa encontra mecanismos e ferramentas para entender e conhecer também o próximo. Logo, podemos concluir que a sexualidade, além de autoconhecimento é também conexão; é a dinâmica existente entre o “eu” e seu meio social. 

Ao longo de todo este autoconhecimento podem existir bloqueios, seja na família, religião, educação, traumas; e infelizmente é onde geralmente moram alguns dos causadores de um desenvolvimento da sexualidade mais sofrido e cheio de tabus.

Sexo e sexualidade são sinônimos? 

É muito comum vermos pessoas confundindo os dois conceitos. Apesar de em alguns momentos se complementarem, a essência de ambos é diferente. Por isso, é importante deixar claro que um necessariamente não precisa vir acompanhado do outro. 

O sexo é basicamente a relação sexual, o momento do ato propriamente dito. Entretanto, a sexualidade vai além desse contato íntimo. 

De acordo com a própria Organização Mundial da Saúde (OMS), esse termo representa  “um aspecto central do ser humano ao longo da vida que abrange sexo, identidades, papéis de gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução”. Em poucas palavras, esse é um processo de busca por autoconhecimento. 

Além disso, muitas vezes esse sentimento não está atrelado com o ato sexual. O amor que uma mulher nutre pelo próprio corpo, o cuidado de se vestir e se sentir bem e até a forma de se comunicar, por exemplo, acabam sendo também uma demonstração de sexualidade. 

Quais as complexidades que cercam a sexualidade feminina?

É fato que a sexualidade da mulher possui algumas particularidades quando comparada com a do homem. Em primeiro lugar podemos citar os aspectos fisiológicos.

O corpo feminimo proporciona à mulher mais possibilidades de se conhecerem, as sensações que ocorrem ao longo de todo o ciclo menstrual são uma prova disso. 

Fatores como o aumento dos seios, as alterações hormonais e o próprio sangramento  menstrual facilitam para que exista uma ligação maior da mulher com seu próprio corpo. 

Contudo, é importante ressaltar que alguns bloqueios psicológicos podem impedir que a mulher desfrute desse contato com seu corpo. Alguns bloqueios físicos como cólicas intensas, por exemplo, também podem ser gatilhos para a aversão de todo o funcionamento do corpo feminino e, o que era para ser harmonia com sua sexualidade, vira uma grande briga com o próprio corpo.

Como a sexualidade feminina se desenvolveu com o passar da história? 

A sexualidade feminina demorou muito até ser valorizada e compreendida da forma que merece, tudo que envolvia o assunto era visto como devasso e pecaminoso. 

Como consequência direta dessa tradição, não existia o diálogo entre os pais sobre questões importantes. A própria área da ginecologia sofreu com os tabus. O surgimento tardio desse campo da medicina, apenas no século XIX, é uma prova disso. 

Dessa forma, pontos importantíssimos como o orgasmo e até o estudo da anatomia do clitóris eram completamente desconhecidos até o século passado, quando surgiram os primeiros estudos sobre sexologia. 

Graças ao volume de informação que temos na Internet, o conhecimento sobre a sexualidade feminina progressivamente se tornou mais comum. Com isso, inúmeras discussões sobre o tema são compartilhadas diariamente. 

A divulgação de informações sobre saúde e bem estar feminino é fundamental. Essa troca de experiências que temos atualmente fará com que menos mulheres sofram com tabus e desconhecimento sobre o próprio corpo no futuro. 

Por que o autoconhecimento é fundamental? 

Por fim, após compreender o que é sexualidade, outra pergunta surge: Por que o autoconhecimento é importante para a mulher? 

Essa é uma dúvida simples de responder. Antes de qualquer coisa, todo indivíduo tem o direito de conhecer plenamente seu próprio corpo. Partindo desse princípio básico, o autoconhecimento garante que a mulher tenha ciência de suas sensações. 

Além desse fator, a saúde também depende profundamente do autoconhecimento. Dessa maneira, compreendendo os pequenos detalhes do próprio corpo, uma paciente consegue identificar inúmeras doenças. 

O autoexame de mama é uma das demonstrações mais claras do quão fundamental é a sexualidade para a saúde feminina.

Em retrospecto, podemos dizer que conversas sobre o que é sexualidade podem salvar vidas. Lembre-se: esse assunto não deve ser visto como um tabu. 

Além disso, o acompanhamento de uma ginecologista também é essencial para a saúde feminina. Pensando nisso, a Alira conta com um super time especializado em saúde da mulher. Entre em contato  e tire suas dúvidas com a gente. 



Responsável técnico:

Dra. Lilian Fiorelli

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